setembro 24, 2004

a mim retorno...

Caíu a noite...
Percorro de olhos fechados, o caminho que me leva ao rio...
Entro na floresta que me espera, sedenta de mim...
Aos poucos abandono minhas vestes de mortal...
Eis que chego á margem de meu rio, esse que corre lento em minha vida...
Abro os braços á noite, essa que me acaricia o corpo nú, de preconceito...
Entro nas águas ansiosas de me sentir...
Delicío-me com o calor de um mundo novo, de uma doce homenagem...
Mas o tempo urge, e tenho que continuar o meu ritual...
Solto o cabelo ao vento que me desnorteia o pensar...
Visto minha branca tunica de linho, e continuo o meu caminho...
Chegada ao meu mundo, oiço a musica de flautas...
Danço; sim danço para a noite, para o meu povo, para mim...
E com um sorriso nos lábios, aceito de volta as minhas asas...
Perdoei-me, e fui perdoada...
A minha vida, de novo me pertence.

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setembro 20, 2004

perdi-me...

Fui e vim, mergulhei e saí...
Perdi-me,
Caminhei, parei e deslumbrei-me...
Perdi-me,
Tentei, voltei a tentar, e por aqui fiquei...
Enfim, perdi-me...

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tem dias...

Por vezes sinto vontade de partilhar o meu mundo...
Tem dias que anseio por te fazer feliz...
Tem horas que sinto que precisas de mim...
Por vezes gostaria de ser feliz contigo a meu lado...
Tem dias assim...
Mas logo percebo que tenho que acordar...
Enfim, tem dias...


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setembro 18, 2004

Façam comos os espanhois, e organizem-se... Posted by Hello

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setembro 15, 2004


A teus olhos nasci... Posted by Hello

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As lágrimas que por ti derramei... Posted by Hello

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setembro 11, 2004

memórias...

Sem errar pegaste-me na mão,
Mas sem as minhas asas, sinto-me insegura...
Acreditei que estavas comigo,
Mas saís-te sem avisar...
Quebrei as minhas regras,
Abandonei as minhas asas...
E sempre que tento voar,
Vejo o teu olhar a mirar-me...

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setembro 08, 2004

sente...

Será que sabes quem eu sou?
Será que me reconheces?
Fecha os olhos...
Sente o toque...
Absorve o meu aroma...
Sente o meu gosto nos teu labios...
Aperta minha mão...
E se me reconheces...
Toma-me nos braços e ama-me.

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setembro 05, 2004

Erro meu

Cá estou eu, a meio da viagem,
Saco cheio, e mãos a abanar,
Cá vou eu, sempre de passagem,
Erro meu, ter qu´rido parar.

Rasgando a noite,
Segue nos carris,
A vida, imensa, a chamar,
Por quem se afoite,
Nos, seus ardis.

Desvario,
Tanto faz,
Salto o rio
Sem olhar p´ra trás.

Sigo a fio,
Vou em paz,
Espanto o frio,
Sem olhar p´ra trás.

Sob o céu, negro da paisagem,
Luz em mim, fatal atracção,
Quem sou eu,
Perdido na voragem,
Anjo azul,
Caído em tentação.

( P.Malaquias/P.Gonzo-L.Oliveira )

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setembro 04, 2004

demonios...

Que demónios nos atormentam a alma?
Que medos nos afligem?
O que será que tanto tememos, que nos tolda o pensar?
Terei eu a coragem de afugentar este demonio, que me consome o pensamento?
Ciúme, o meu demonio de estimação...

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setembro 03, 2004

perdi o medo...

Não pensei...
Não lembrei...
Apenas senti...
E abandonei-me ao fazer amor...
Sem pensar no homem...
Nem no amigo...
Apenas em nós como um todo...
E foi assim que perdi o medo...

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setembro 01, 2004

asas...

Que caminhos percorres?
Que sonhos trãnspiras?
Até onde chegarias por mim?
Serias capaz de esperar?
Algures a sul do teu ser, bailam meus olhos...
E perdida no teu olhar, chego a esta encruzilhada em que me miras, com olhos perdidos...

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levianamente...

Levianamente, eu diria que te aprecio...
Procuro as palavras...
Mas espero que mas digas tu...
Levianamente, que me mintas...
Dá-me as palavras certas...
Que nada me digam...
Que me digas tudo...

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