janeiro 19, 2005

Um dia mau.

Não quis guardá-lo para mim,
e com a dimenção da dôr legitimar o fim.
Eu dei, mas foi para mostrar,
que não havendo amor de volta,
nada impede a fonte de secar.

Mas tanto pior, e quem sou eu
para te ensinar agora,
a ver o lado claro de um dia mau.

Eu sei a tua vida foi,
marcada pela dôr,
de não saber aonde doi.

Mas vê-te bem,
não houve à luz do dia,
quem não tenha provado
o travo amargo da melancolia.

Então rapaz, porquê a raiva?
Se a culpa não é minha!
Serão efeitos secundarios da poesia.

Mas para quê gastar o meu tempo,
a vêr se aperto a tua mão.
Eu tenho andado a pensar em nós,
já que os teus pés não descolam do chão.

Dizes que eu dou só por gostar,
Eu vou dar-te a provar o travo amargo da solidão.

Tenho andado a pensar em nós,
já que os teus pés não descolam do chão,
dizes que eu dou, só por gostar.
Eu vou dar-te a provar o travo amargo da solidão.

É só mais um dia mau...

in Ornatos Violeta (O monstro Precisa de Amigos)



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