Marcas...
São as que me deixas-te marcadas,
no desalento de uma vida...
Foi sem mágoa que me abandonas-te,
sem pensares em ninguém, nem em ti...
E voltas tu agora?
Nem penses que regressas á minha vida,
ao meu santuário...
Fica no teu buraco,
nessa ilusão de felicidade...
Deixa-me com as cicatrizes,
com as Marcas de uma ilusão...
Tiraste-me os sonhos,
e voltas agora sem mais nem menos?!
Não és o meu princepe encantado,
já não és o meu guia...
Deixaste-me sozinha no deserto,
prestes a uma morte lenta...
Fui a degenerada,
a perdida,
a sofredora,
a maldita...
Mas já não o sou,
padeço de um grande amor...
Acompanhada por uma Alma grandiosa,
seguida de perto pela felicidade...
Aínda exibo as marcas,
da tua passagem pela minha alma...
A insegurança,
mas já não tenho medo...
Guarda as tuas ilúsões, que eu saro as minhas marcas.